sexta-feira, 3 de julho de 2009

A Construção Sígnica no Cinema de Hitchcock

Dissertação de Mestrado agora publicada na Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação: www.bocc.ubi.pt

terça-feira, 3 de março de 2009

The Signic Construction in the Hitchcock's Cinema

Abstract:

This present work focuses on Cinema as a hybrid form of representation, as the result of the union of three indissoluble, mixed, though distinct languages: the sound, the visual and the verbal ones. It seeks to understand the gearing of those languages in the signic construction of cinematographic works, notably in the case of Hitchcock. It is also the opportunity to highlight the profound signic revolution determined by the advent of images in movement in the end of the XIX century and by seeing, in the hybridism of the cinematographic discourse, a culmination of the esthetics of the fragmentary eighteenth century, notably the Baudelairean one, as it is armed by the fluctuating attention of the poet – flâneur, in his dream of Modernity.

We took as our main theoretical reference the Semiotics of Charles Sanders Peirce (1839-1914), who supplies the grounds for one to reflect on the epistemology of Movies, thus making possible the development of the analysis of the signic construction of Movies which, in the end, would constitute our understanding of the hybrid language of which they are made up of.

Markedly limited by mixtures and juxtapositions of fragments, the cinematographic sign has its genesis delineated by the poetics of movement, by a poetics of inter-relations and exchanges between languages, which dialogs with the metropolitan environment in the end of the XIX century. With the objective of understanding this esthetics and such logic, found both in Movies and the Metropolis, one has sought the reflections of German philosopher Walter Benjamin on the flâneur and the phenomenological experience of the fragment, and the poetry of Charles Baudelaire, a flânerie and his modern dream of fluency amid the multitude, in his giving himself to fast-flowing, cut, abrupt phenomena of the chock.

In the first chapter, we shall discuss to what extent the development of Movies is tied to the modern environment of the metropolis. On this path of reflection on the signic genesis of the Movies, it is a must that one investigates and questions the phenomenological nature of its hybrid language.

In the second chapter, we shall observe the construction of the hybrid cinematographic sign and clarifies the triad that grounds it: its syntax, its form and its discourse.

The third chapter analysis the film Vertigo by Alfred Hitchcock, and shows how, through the weaving of the visual, sound and verbal languages, this director creates, with a masterly hand, the thriller.

In the Conclusion, besides reviewing all we have seen, the paper points at new ways one can understand the language of Movies, thus opening new inroads of questionings and hypotheses and deepening the theme and elaborating the horizons for the continuation of the research.

Keywords: Communication, Cinema, Semiotics, Hitchcock.

Published only in portuguese: http://www.bocc.ubi.pt/

A Construção Sígnica no Cinema de Hitchcock



Resumo da Dissertação de Mestrado:
O presente trabalho enfoca o cinema como forma híbrida de representação, resultante da junção de três linguagens indissociáveis, mescladas, mas distintas: a sonora, a visual e a verbal. Busca-se compreender o entrosamento dessas linguagens na construção sígnica das obras cinematográficas, notadamente no caso específico do cinema de Hitchcock. Trata-se também de assinalar a profunda revolução sígnica determinada pelo advento das imagens em movimento, no final do século XIX, vendo no hibridismo do discurso cinematográfico uma culminância das estéticas oitocentistas fragmentárias, notadamente a baudelairiana, tal como é armada pela atenção flutuante do poeta – flâneur, em seu sonho de modernidade.

Tomamos como referência teórica principal a Semiótica de Charles Sanders Peirce (1839-1914), que dá base para se refletir sobre a epistemologia do cinema objetivando, com isso, o desenvolvimento da análise da construção sígnica dos filmes, que no fim, constituiria em entender a linguagem híbrida pelo qual o cinema é composto.

Marcadamente pautado pelas misturas e justaposições de fragmentos, o signo cinematográfico tem sua gênese delineada por uma poética do movimento, por uma poética de inter-relações e intercâmbios entre as linguagens, que dialoga com o ambiente metropolitano no fim do século XIX. Com o objetivo de se compreender essa estética e essa lógica, encontrada tanto no cinema quanto na metrópole, é que se buscou as reflexões do filósofo alemão Walter Benjamin sobre o flâneur e a experiência fenomenológica do fragmento, e a poesia de Charles Baudelaire, a flânerie e seu sonho moderno de fluência em meio a multidão, em sua entrega aos fenômenos fugidios, entrecortados e abruptos do choque.

No primeiro capítulo, discute-se em que medida o desenvolvimento do cinema está atrelado ao ambiente moderno da metrópole. Neste caminho de reflexão sobre a gênese sígnica do cinema, torna-se necessário investigar e questionar a natureza fenomenológica de sua linguagem híbrida.
No segundo capítulo, observa-se a construção do signo híbrido cinematográfico, esclarecendo a tríade que o fundamenta: a sintaxe, a forma e o discurso.

O terceiro capítulo analisa o filme Um corpo que cai de Alfred Hitchcock, mostrando como, através da tessitura das linguagens visual, sonora e verbal, este diretor confecciona com mão de mestre, o suspense.

Na conclusão, além de retomar o todo anterior, o trabalho aponta novos caminhos para se entender a linguagem do cinema, abrindo um novo leque de questionamentos e hipóteses, aprofundando o tema e traçando os horizontes para a continuidade da pesquisa.

Palavras-chaves: Comunicação, Cinema, Semiótica, Hitchcock.

Publicado na Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação: www.bocc.ubi.pt

Cinema e Pragmatismo

Cinema e Pragmatismo: uma reflexão sobre a gênese sígnica na arte cinematográfica

Resumo:
Este artigo visa discutir a importância e a urgência da filosofia de Charles Sanders Peirce(1839-1914) na compreensão da gênese criativado cinema. Trata-se de uma reflexão sobre a ontologia e uma possível epistemologia cinematográfica através da semiótica peirciana. Tem-se, como metodologia, a discussão sobre a Fenomenologia da metrópole como pivô para o desenvolvimento de uma linguagem e uma estética, especificamente nesse caso, a do cinema, observando o caráter híbrido dessa comunicação, enfatizando a importância do pragmatismo na realização e concretização de um filme através de um pensamento triádico, indo desde a idealidade imaginária, testando possibilidades de uma possível externalização e, por fim, no conseqüente desenvolvimento de uma filme. Esta tríade tem como base conceitual nas Categorias peirceanas de Primeiridade, Secundidadee Terceiridade, e encontra correspondência com a Poética de Aristóteles permitindo uma reflexão entre Peirce e este grande filósofo grego.

Palavras chaves: Cinema, Pragmatismo, Semiótica, Linguagem, Fenomenologia

Este artigo foi publicado na Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação http://www.bocc.ubi.pt/

Cinema e Fenomenologia

Cinema e Fenomenologia: por uma reflexão sobre os fenômenos da modernidade como pivô para a origemda linguagem cinematográfica

Resumo:
Este artigo visa discutir a importância e a urgência da filosofia de Charles Sanders Peirce(1839-1914) na compreensão da gênese signicado cinema. Trata-se de uma reflexão sobre como os fenômenos da modernidade propiciaram uma linguagem como a cinematográfica. Abrindo nossos olhos para esse mundo das aparências da Fenomenologia na metrópole e entendendo como estas fundamentaram a Estética, a Ética e a Lógica ou Semiótica nesse ambiente moderno e como isso está presente no Cinema.
Entendendo que esses fenômenos penetraram à consciência pela percepção, fecundando nesta os modos de representações e de conduta, objetivando novas formas de mediação, novos modos de comunicação e de linguagem, cada vez mais híbridos, fragmentados, cambiáveis, em constante movimento e circulação.
Observando, através dessa reflexão, a razão porque a linguagem não está na mente, mas a mente é que está na linguagem. Ou comoPeirce destaca: "O pensamento não está necessariamenteligado a um Cérebro. Surge no trabalho das abelhas, dos cristais e por todo mundo puramente físico; e não se pode negar que ele realmente ali está, assim como não se pode negar que as cores, formas, etc. dos objetos ali realmente estão."(PEIRCE, p.190)

Palavras Chaves: Cinema, Fenomenologia, Semiótica, Metrópole, Linguagem

Artigo publicado na Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação http://www.bocc.ubi.pt/